Provavelmente existem muitas histórias emocionantes acerca do toque nas salas de aula do programa Essência da Empatia, mas tem alguma favorita que queira partilhar?
Voltando atrás, provavelmente a 1998 ou 1999, havia um menino numa turma do segundo ano. Ele estava num orfanato e era uma criança muito agressiva. A escola teve aulas sobre a Essência da Empatia no ano anterior, e a professora ligou-me e disse: “Mary, estou tão decepcionada, mas não posso ter o programa Essência da Empatia este ano, porque tenho um menino muito violento que morde, cospe e dá pontapés sem motivo aparente. Não sinto que pudesse ser responsável pela segurança de um bebé na sala de aula. Falei com a mãe e disse-lhe que que a professora estava preocupada com a segurança do seu bebé. Ela perguntou-me se todas as crianças da turma perderiam a oportunidade de assistir ao programa, por causa daquela criança. Apesar de todas as minhas preocupações com a segurança do seu bebé, ela respondeu-me: "Não se preocupe, vou levar o meu marido. Ele vai sentar-se ao meu lado e do bebé, e o instrutor ficará do outro lado". Na terceira visita, a mãe convidou o tal menino a sentar-se ao pé dela e do bebé. E esse menino nunca tinha sorrido, certo? O bebé virou a perna para a perna do menino, que tinha acabado de vir da aula de educação física. Todas as crianças estavam de calções e a pele do bebé tocou na pele do menino. Logo a seguir, o menino virou-se para o bebé e deu o seu primeiro sorriso. A professora da turma disse que foi a energia daquele toque, foi a energia daquela perninha na perna do menino. Quer dizer, talvez não seja o poder do toque, mas toda a gente parecia pensar que era. Eu acho que foi. E foi a descoberta do menino.
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